O
maior evento de MMA do mundo, estar preparando um super luta. O UFC vai
completar 20 anos, e a franquia já foi a 13 países, se firmou na Inglaterra,
Austrália e Brasil e vive uma plena expansão na Ásia. No entanto, Nova York
ainda é uma ilha de resistência dentro de seu próprio país. Baseados numa
interpretação de uma lei contra o MMA na cidade e em uma audiência que
acontecerá semana que vem, Dana White e seus pares finalmente estão próximos de
realizar um antigo sonho com um show na maior cidade do mundo.
Desde
1997 o MMA está banido do estado de Nova York, nos Estados Unidos. No auge do
antigo vale-tudo, os parlamentares locais vetaram o esporte, apesar de em
nenhum momento citarem a atual modalidade nominalmente. Presidente do UFC desde
2002, Dana comanda uma pesada força-tarefa pela liberação da modalidade desde
2008. Em 2011, teve a última grande derrota no parlamento local, mas agora, diz
que está próximo de conseguir a vitória.
No
início desse ano, White gritou para os quatro ventos que já está planejando o
show de 20 anos do Ultimate para o histórico ginásio do Madison Square Garden,
em novembro, apesar de ainda não ter confirmada a liberação. "Esse é meu
objetivo. Planejo ir a Nova York no nosso aniversário. Estamos trabalhando
forte nisso, como sempre. Eu não revelaria que estamos tentando se não achasse
que fosse possível. Temos um card planejado. Temos muitas coisas já pensadas para
o aniversário. Só precisamos vencer essa barreira na lei", explicou o
dirigente.
Assim
como já fez com Las Vegas, que também era uma das antigas casas do boxe e se
transformou em um atual sinônimo de UFC, Dana White agora quer se fixar em Nova
York. Ele próprio já disse que, depois de pegar uma empresa de US$ 2 milhões e
fazer ela valer mais de US$ 2 bilhões, é quase uma questão de honra levar o
evento para um lugar onde o boxe foi tão forte e fez tanto sucesso.
Nova
York ficou famosa como uma das capitais mundiais do boxe. Mais que isso, o
Madison Square Garden é um dos templos do pugilismo onde, nos últimos 120 anos,
os maiores nomes do esporte desfilaram, de Muhammad Ali a Joe Frazier, passando
por Evander Hollyfield e Mike Tyson. Mas o local sentiu o mesmo baque do boxe
nos últimos anos, ficando longe dos grandes cards. Em 2006, seis programações
aconteceram no local. O número foi caindo, e os anos de 2011 e 2012 tiveram,
cada um, apenas uma noitada de boxe.
O
jogo começou a virar em favor do UFC no início deste ano, quando foram
liberados eventos de MMA amador em Nova York, baseados em uma interpretação
dizendo que o esporte não é citado na lei, apenas "esportes de combate de
ligas não confiáveis". O próprio UFC poderia usar essa brecha, mas o evento
prefere esperar por uma revogação total da lei, para ver a modalidade liberada
por completo. Há uma audiência marcada para 8 de março, quando a questão deve
ser resolvida.
Se conseguir essa tão
aguardada liberação, não será pequena a comemoração, o evento será
milimetricamente pensado para ser perfeito: desde os locais escolhidos para treino
aberto e coletiva, ao card, lutadores, e eventos paralelos. Mas o convidado de
honra já está escolhido. Dana White conta com o campeão dos médios Anderson
Silva para uma superluta fechando a noite. O rival preferido para o brasileiro
é o dono do cinturão dos meio-pesados Jon Jones, mas o astro canadense Georges
St-Pierre também é uma boa pedida para o evento. Resumindo: o Ultimate quer na
luta principal dois dos três maiores nomes de seus plantel.
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