quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Corinthians estreia em casa com o Pacaembu vazio


A festa do reencontro entre o Corinthians, sua torcida e seu torneio favorito se transformou em uma tensão precoce, uma partida a ser disputada em um Pacaembu completamente às moscas.

O Corinthians faz nesta quarta-feira à noite sua estreia em casa pela Libertadores, contra o Millonarios, da Colômbia, uma semana após a morte de um torcedor boliviano em Oruro, sem sua grande força e orgulho de 2012: a torcida.

A diretoria não conseguiu alterar a medida cautelar da Conmebol que obriga o time a jogar com portões fechados até que saia a decisão final, prevista para até 60 dias.

 O final perfeito da temporada passada, cuja euforia aumentou com as contratações que somaram R$ 60 milhões, virou um início de temporada turbulento. O jogo é apenas o 11º de 2013, mas já carrega uma carga de tensão comum a decisões.

"Eu não queria ter passado por essa experiência, mas ela vai mostrar que tipo de comportamento eu e os atletas podemos ter agora", contou Tite, que no domingo discutiu com um torcedor após levar uma cusparada e ser chamado de assassino.

"Mas, se não tivéssemos uma equipe mentalmente forte, emocionalmente forte, teríamos dois expulsos contra o Bragantino. A equipe foi mais forte do que eu, não achei que fosse empatar, não", disse o técnico.

Além dos problemas que o caso de Oruro acarretou, a equipe também não vive grandes dias. São cinco empates seguidos entre times mistos e aquele que se aproxima do titular, como o desta noite, com Pato e Guerrero formando a dupla de ataque.

É o pior início de temporada corintiana em quase uma década. O atual aproveitamento de 50% só supera a temporada de 2004, quando o time conquistou apenas 11 dos 30 pontos possíveis.

Para Tite, a volta tardia das férias, motivada pelo Mundial de Clubes, contribui para o início irregular. "Fizemos 16 gols em dez partidas, a média está legal, significativa. Mas tomamos um gol por jogo, e o normal é a equipe levar em média 0,6", disse. "Está na hora de encerrar essa série de empatezinhos, né?"

Ele fez treinos específicos da zaga ontem, incluindo orientações defensivas a Pato e Guerrero. Mas é a ausência da torcida, conta Tite, que mais lhe tirou o sono nos últimos dias. "Sem a torcida, perde o charme. O torcedor é o espetáculo. É o motivo maior do clube, mas tem de filtrar os que não merecem."

"Nunca trabalhei com essa situação, em se tratando de Corinthians é mais difícil. Não me lembro de um jogo com menos de 10 mil pessoas. Pode ter certeza absoluta de que vamos sentir."

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